O susto

-Pois bem, as cameras estão desligadas, o guarda virou "baba ovo" seu, agora, me explica... voce tem dons hipnoticos? Porque não usou isso em mim? - Falou ainda meio incrédulo Lucky.
-É o seguinte: hipnose transforma o cara num robô faz tudo, e não foi bem isso que usei... eu só fiz ele ver em mim uma espécie de celebridade, acima do pai e da mãe dele... é mais sutil que hipnose. Agora, quanto a não usar isso em você, voce não conhece a Máscara? - Falou Raul ainda mais incrédulo.
-Conheço... todo vampiro conhece. É um conjunto de regras de convivencia pra vampiros. Faz tempo que não ouço falar dela. - Falou Lucky.

-É isso que dá, voce conviver só com humanos. Sem ela, nós ja teríamos sido descobertos, e eu quero continuar oculto. Jamais vou usar isso em outro vampiro, a não ser que seja absolutamente necessário... e espero que não seja por um bom tempo. Os seus tambem me regaçariam demais, e eu não quero arriscar a ferir meu lindo rostinho. - Falou Raul, alisando onde deveria ter uma barba, como se tivesse.

-Qual das casas é que ele tá? - Perguntou Lucky.
-Naquela ali atraz dessa na nossa frente. Vamos entrar nessa aqui primeiro. É mais fácil. - Falou Raul, ja pensando na dificuldade que teria se não fosse asssim.
E após vasculharem um pouco, acharam uma janela aberta. Eles queriam ir para a casa de Drako passando pelo vizinho. Agora Lucky pensa um pouco: não seria melhor denunciar Drako pra polícia, e recuperar o quadro por meios legais? Raul não estava contando tudo. E a questão, não era ficar ou não preso, e sim ficar ou não com o nome sujo, sendo procurado. E Lucky não estava pronto pra isso. E Lucky ja estava cansado daquelas gírias o tempo todo, não combinavam com Raul...
Pois bem, eles olham pela janela. Tem um homem deitado em um sofa, de olhos fechados. Ao entrar pé ante pé, o homem abre os olhos e diz, vizivelmente irritado:
-Me deem um bom motivo para não denunciar os dois por invadir minha residencia, e não pedir ao juiz que os tranque na cadeia e jogue a chave fora, e os faça me pagar uma gorda indenização por invasão de privacidade. Isso em plena 22 horas!!! É um absurdo!!! Ja não temos mais segurança nesses lugares.
-Adiantaria se dissesse que nóis tava indo pro seu vizinho? - Falou Raul, assustado.
E enquanto isso, Lucky estava perplexo. "Nois tava"? Agora era uma gíria da roça. Quem é esse Raul, que ora fala como um cara refinado, ora como um rapper e ora como um sertanejo?
-Ora, se não é o Sr. Vega... pintor medíocre com quadros medíocres, e agora com um companheiro ainda mais medíocre. Pois bem, vou contar até 3, e vou ligar pra polícia... - antes de terminar, o homem foi interrompido por alguem atraz dele que toma seu celular. Era Lucky, que diz:
-Vamos, faz aquele negócio de hipnotizar ele.
-Eu não posso. Ele é vampiro tambem. -gritou Raul.
-HAN??????- Falou o homem e Lucky, juntos.
-Calma, senhor, só estavamos indo por sua casa até a casa do seu vizinho... - Falou Raul calmamente.
-Alem de medíocre, é louco tambem... o que o leva a pensar que sou vampiro? - disse o homem quase rindo.
-Calma, moço - falou Raul, ainda mais acuado pela situação. - Eu sei que voce é... eu e ele tambem somos - agora apontou para Lucky.

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